sábado, setembro 23, 2006

FESTIVAL DE SÃO PAULO

A amiga Lisa França mandou notícia de São Paulo. Não só mata saudades (tantas, querida!, como é bom ter amigas como você!), como dá informe interesante. Manoel de Oliveira presente com o seu último filme, assina cartaz do certame. O Manoel é o maior, sem dúvida.
30ª Mostra de Cinema
São Paulo vai destacar
filmes políticos



texto de BRUNO YUTAKA SAITO
da "Folha de S.Paulo"
Na edição em que completa 30 anos, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo aguça seu olhar político (em ano eleitoral). Ainda sem a programação inteira definida, a mostra começa no dia 20 de outubro e vai até 2 de novembro. Seguindo o perfil mais histórico de anos anteriores, esta edição terá uma retrospectiva de 15 filmes com o cinema político italiano dos anos 60 e 70. São produções dos principais cineastas do período, como Bernardo Bertolucci, Marco Bellocchio e Ettore Scola, entre outros. Entre os convidados já confirmados, está a atriz brasileira radicada na Itália Florinda Bolkan, de "Investigação sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita" (1970, de Elio Petri), e o isralense Amos Gitaï, que deve ministrar workshop e vem com seu "News from Home/ News from House". Entre raridades restauradas, estão "Cabiria" (1914), de Giovanni Pastrone, e curtas mudos baseados na obra de Shakespeare produzidos entre 1899 e 1991 nos EUA, Itália e Inglaterra --os filmes terão acompanhamento musical ao vivo. Na mostra competitiva, entram vencedores dos principais festivais estrangeiros, como "Hamaca Paraguaya", da paraguaia Paz Encina, prêmio da crítica em Cannes, "Babel", do mexicano Alejandro González Iñárritu (melhor diretor), e "The Wind that Shakes the Barley", de Ken Loach (Palma de Ouro). Entre outros destaques, estão o mexicano "El Violin", de Francisco Vargas Quevedo, e o novo de Karim Aïnouz, "O Céu de Suely". Além de cineastas consagrados, como Robert Altman ("A Última Noite"), Martin Scorsese ("Os Infiltrados") e Manoel de Oliveira --autor do cartaz da mostra, que relê "A Bela da Tarde" em "Belle Toujours", estão nomes mais pop, como Richard Linklater ("A Scanner Darkly") e John Cameron Mitchell ("Shortbus"). Junto com a mostra, serão lançados os livros "Cinema sem Fim", histórico dos 30 anos, e "O Cinema Político Italiano - Anos 60 e 70", que reúne série de entrevistas. Mais detalhes estarão no site www.mostra.org, que deve entrar no ar em 10 de outubro. Como nos outros anos, o quiosque da mostra será montado no Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073), que abre para informações em 9/10; os ingressos (ainda sem preços definidos) começam a ser vendidos em 14/10.

Sem comentários: